Nocões básicas de som automotivo
Imagem estereofônica
A imagem esterofônica consiste na sensação espacial do som, permitindo ao ouvinte localizar todos os instrumentos e vozes no espaço tridimensional. É através da imagem estereofônica que recriamos, no ambiente de audição, a sensação plena de estarmos participando de uma audição ao vivo. A percepção da imagem estereofônica, que é a "visualização" auditiva da disposição das fontes sonoras no espaço, depende da capacidade que nossos ouvidos têm de reconhecer de onde está vindo determinado som. Isto é possível graças ao efeito binaural, ou seja, a audição com dois ouvidos. O fato do som não chegar simultaneamente aos dois ouvidos, nos permite localizar no espaço a fonte sonora mesmo quando não a estamos vendo.A obtenção de uma imagem estereofônica perfeita, através do emprego de alto-falantes adequados bem como do seu correto posicionamento dentro do veículo, permite vivenciar uma emocionante experiência sonora. Não mais nos limitaremos a ouvir os sons, porém passaremos a "vê-los" como se estivéssemos ouvindo a gravação ao vivo.
Estresse x música
Sistemas com distorção, excesso de ruídos e falta de linearidade nas frequências causa fadiga auditiva podendo aumentar mais ainda o estresse do trânsito. Palavras da musicoterapeuta Maristela Smith: " Quanto melhor a qualidade do som, melhor a interação com a música. Um sistema de áudio que dá ao usuário a sensação de que se está diante de um concerto ao vivo é um belo passo para quem quer evitar o estresse." "Não basta ouvir, é preciso escutar a música." "Qualquer tipo de música pode combater o estresse do trânsito, do Heavy metal ao clássico" - cada um tem sua individualidade musical.
CD/DVD-Players
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Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível entre 20Hz e 20.000Hz, isto é, deve amplificar a música com o mesmo ganho em toda a faixa de frequência audível;
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Verifique sua potência RMS, contínua a 4 Ohms com baixa distorção;
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Verifique sua distorção harmônica (THD), distorção acima de 1% pode causar fadiga;
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Verifique a tensão de saída dos conectores RCA, quanto maior a tensão, mais imune a ruídos vai ser seu sistema, dê preferência aos aparelhos que forneçam 2 Volts ou mais nas saídas RCA;
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Quanto mais canais de equalização de áudio melhor;
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Sistemas de delay para controle da posição de escuta presentes nos aparelhos como Alpine e Clarion entre outros top de linha ajudam a montar o palco sonoro sobre o painel do carro;
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Atenção: Muitos CD-Players possuem cerca de 27 W RMS em 4 Ohms, resposta de frequência nas saídas amplificadas de 50Hz a 15.000Hz com distorção abaixo de 5% THD. Mas a potência da propaganda é de 35 W... 50W.... que é a potência máxima com distorção maior que 5%, portanto compare potências RMS com a mesma distorção, se você comparar um equipamento com potência de 50W RMS e THD de 5% com outro equipamento de 25W RMS com THD de 0,05%, provavelmente você terá uma potência maior no de 25W RMS, pois até ele atingir a distorção de 5% ele ja terá no mínimo dobrado a potência.
Amplificadores
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Verifique se o módulo amplificador admite ligação Bridge, possui crossover ativo passa-alta e passa baixa e controle de ganho para cada par de canais;
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Verifique sua distorção harmônica, distorção (THD) acima de 1% pode causar fadiga. Quanto menor este valor, menor será a distorção.
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Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível entre 20Hz e 20.000Hz.
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Verifique sua potência RMS, contínua a 4 Ohms (50W RMS por canal com THD inferior a 1% é o suficiente para sistemas para o dia a dia).
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Muitos fabricantes indicam a potência a 1 Ohms, algo que é muito difícil de ser utilizado, você precisaria de 4 falantes de 4 Ohms ligados em paralelo para chegar a essa impedância. Inviável para quem quer utilizar apenas um SubWoofer. Além de que muitos utilizam a potência PMPO (Peak Music Power Output) que é a potência de pico medido em frações de segundo que não servem para a música em geral.
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Verifique a impedância mínima que o amplificador aguenta. Normalmente fica em 2 Ohms em estéreo e 4 Ohms em bridge.
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Verifique sua relação Sinal/Ruído (S/N). Relação entre o nível de Sinal e o nível de ruído presente no som, os melhores amplificadores tem a relação acima de 100dB. Quanto maior esse valor, menos ruído seu amplificador vai gerar.
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Verifique seu damping factor. Indica a capacidade do amplificador de controlar o alto-falante. Quanto maior, melhor.
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Você sabia que na maioria dos amplificadores do mercado são de classe AB e que metade da corrente que ele consome vira calor e a outra metade vira som e música ?
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Você sabia que os conhecidos como amplificadores digitais, são na grande maioria amplificadores classe D, e que apesar de ter uma eficiência melhor que os da classe AB, a qualidade de áudio é inferior?
Alto-falantes
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Verifique a potência RMS suportada, esta deve ser compatível com a potência fornecida pelo amplificador;
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Verifique sua eficiência dB/m (SPL) , quanto maior este valor, mais sensível é o alto-falante e mais SPL ele produz por cada Watt de potência fornecida. Os mais sensíveis têm valor acima de 90dB.
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Verifique sua impedância, esta não pode ser menor que a suportada pelo amplificador. Se você vai usar vários falantes em paralelo ou em série, tenha preferência por falantes de bobinas duplas ou aqueles de 2 ou 8 OhmsSubWoofers:
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Verifique se ele é específico para caixas seladas ou dutadas.
Cuidados com os cabos de alimentação
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Puxe a fiação positiva diretamente da bateria: Tome muito cuidado com curtos-circuitos, utilize anéis de borracha quando o cabo passa por buraco na lataria; Lembre-se que a lataria é o pólo negativo ( ou terra ) de todo sistema elétrico. Se você encostar o fio positivo na lataria causará um curto-circuito que pode danificar a bateria, a fiação, ou outros componentes eletrônicos de seu carro como injeção eletrônica ou outros componentes.
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Instale um porta-fusível perto da bateria (no máximo 50 cm).
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Não passe fios perto de cantos afiados e utilize sempre anéis protetores.
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Puxe a fiação negativa do sistema diretamente da lataria do carro, próximo de onde foi fixado o Amplificador. Assegure-se de que tenha um bom contato com a lataria lixando o local e evitando partes com solda da lataria, ex. parafuso do cinto de segurança.
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Lembre-se de que é a corrente de consumo do seu amplificador que define a bitola dos cabos.
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Utilize sempre a menor distância para passar os cabos de alimentação.
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Nunca passe cabos de alimentação perto dos cabos de áudio.
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Certifique-se de que haja ótimo contato entre os cabos e os terminais do amplificador ou porta-fusívies.
Capacitores como filtro passa-alta. Pra quê?
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Usando capacitores em série com o alto-falante, eles funcionarão como filtro-passa alta, eliminando um pouco das baixas frequências (sons graves) que podem ser prejudiciais para falantes pequenos causando distorção quando o "volume" do som está alto. Sub-graves exigem grandes deslocamentos do cone podendo causar descolamento do cone ou batida da bobina do falante, para melhor reproduzir essa gama de frequência é necessário um subwoofer.
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Utilize um capacitor de preferência despolarizado ligado em série em cada Coaxial que vai na parte frontal do veículo para cortar as baixas frequências, evitando excesso de distorção nos falantes.
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Caso você tenha somente capacitores eletrolíticos (com polaridade positiva e negativa) saiba "despolarizá-los" ligando os terminais negativos de dois capacitores eletrolíticos iguais e usando os terminais positivos para interligar o amplificador e o alto-falante. Agora você tem um capacitor "despolarizado", mas com metade do valor ! Ex: ligando dois capacitores eletrolíticos de 220uF 50Volts em série (terminal negativo com negativo) você terá um capacitor despolarizado equivalente a 110uF 100Volts.- Seu valor pode variar de 50 uF a 250 uF (microFarads) com tensão superior a 50 Volts, com isso, o corte de frequência (passa-alta) varia de +/- 460 Hz a 160 Hz respectivamente.
Cuidados com cabos de áudio (evitanto chiados)
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Nunca passe cabos de áudio (RCA) perto de cabos de força, cabos de alta tensão ou cabos do sistema de ignição para evitar ruídos e interferências no sistema de áudio.
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Não passe cabos perto de cantos afiados e utilize sempre anéis protetores.
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Utilize conectores RCA de boa qualidade, tenha preferência para cabos RCA de dupla ou tripla brindagem. Todo cuidado é pouco se tratando de cabos de sinal de baixo nível de tensão com conectores RCA, pois são cabos que transportam sinais de baixa amplitude (variando 500mV até 8 Volts, dependendo do aparelho) que podem facilmente sofrer perdas e interferências elétricas. É por isso que existe aquela malha periférica em volta dos fios internos (cabos coaxiais), eles funcionam como uma blindagem magnética.
SubWoofer
O SubWoofer é fabricado para trabalhar em Sub-frequências ( 20 a 100 Hz ), em baixas impedâncias, em caixas geralmente com baixo volume acústico, possui borda emborrachada para permitir maior excursão consequentemente possuindo uma bobina de maior altura. Primeiramente ele deve "casar" com a potência fornecida pelo amplificador. Ex: Se o amplificador fornece 120W RMS na ligação bridge, utilize um SubWoofer que suporte entre 150W a 200W RMS. Se for utilizar dois SubWoofers, utilize dois de 75W totalizando 150W ou 2 de 100W totalizando 200W suportados pela associação dos falantes. Caso você utilize um SubWoofer que suporte muita potência, você estará perdendo sensibilidade no Sub, pois o amplificador não terá muita "força" para "empurrar" o SubWoofer e você terá batidas mais duras e mais curtas. Se utilizar um Sub que suporte menor potência haverá a chance de queimá-lo.
Verifique a sensibilidade do mesmo. Os mais sensíveis possuem 90dB/m. Lembrando que quanto maior esse número, mais sensível é o falante e que 3 dB significam o dobro de pressão sonora. ( 90dB é o dobro de pressão que 87dB )
Verifique também a impedância. A maioria dos amplificadores aceitam em sua ligação bridge um mínimo de 4 Ohms. Caso vá utilizar somente um SubWoofer tenha preferência por aquele de 4 Ohms. Se for utilizar dois ou mais SubWoofers deve-se fazer a associação dos mesmos para que cheguem a uma impedância final em torno de 4 Ohms.
Quanto de potência está sendo dissipada pelos SubWoofers? Quantos dB (decibéis) eu ganho aumentando os SubWoofers?
Vamos por partes porque esse assunto é muito confuso.Temos em mãos um amplificador que gera200 W RMS em Bridge a 4 Ohms; 400 W RMS a 2 Ohms e100 W RMS a 8 Ohms.
SubWoofers em caixas seladas (Closed).
1° - Ligando apenas um SubWoofer de 4 Ohms teremos 200 W RMS no Sub;
2° - Ligando dois SubWoofers de 4 Ohms em série teremos 8 Ohms como impedância equivalente e o amplificador irá gerar 100 W RMS que serão distribuídos para os SubWoofers , 50 W para cada SubWoofer.
3° - Ligando dois SubWoofers de 8 Ohms em paralelo teremos 4 Ohms de impedância equivalente e o amplificador irá gerar 200 W RMS que serão distribuídos para os Subs, 100 W para cada Sub. Agora, quando comparado ao primeiro exemplo, você tem um ganho de 3dB por ter dobrado a área do cone .
4° - Ligando dois SubWoofers de 4 Ohms em paralelo teremos 2 Ohms de impedância equivalente e o amplificador irá gerar 400 W RMS que serão distribuídos para os Subs, 200 W para cada Sub. Comparando com o segundo exemplo, você tem um ganho de 3dB por ter dobrado a potência dissipada.
5° - Ligando 4 SubWoofers de 2 Ohms da seguinte forma: 2 Sub em série em paralelo com outros 2 Subs em série ( 2 + 2 // 2 + 2 ). Impedância equivalente de 2 Ohms. Fará com que o amplificador forneca 400 W distribuídos para os 4 Subs. 100 W para cada Sub. Comparando com o terceiro exemplo ( 2 Sub a 200W ) teremos um ganho 3 dB por dobrar o número de falantes mais 3 dB por dobrar a potência total disssipada. Total de 6dB quando comparados com o 3o exemplo. Lembrando que a caixa "dutada" (Vented) tem ganho de + ou - 3 dB quando comparadas às caixas seladas utilizando o mesmo SubWoofer, desde que esteja devidamente sintonizada.